A operação Gomorra desbaratou esquema que causou rombo de R$ 1,8 bilhão nos cofres públicos, composto por esposa, irmã e sobrinhos do empresário Edézio Correa, bem como agentes públicos, como a prefeita de Barão de Melgaço, Margareth Gonçalves da Silva. Edézio é velho conhecido da Justiça, pois é réu colaborador na ação penal relativa à operação Sodoma, de 2015. Eles foram presos nesta quinta-feira (07) acusados de pagarem propina para surrupiarem os cofres públicos via contratos.
Ao pedir à Justiça concessão para deflagrar a ação, o Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), do Ministério Público, organizou um diagrama contendo o vínculo de todas as pessoas físicas e jurídicas investigadas.
No topo da organização, Edézio Correa, sua convivente Tayane Beatriz Silva Bueno, seus sobrinhos Roger Correa da Silva e Waldemar Gil Barros, sua irmã, Eleide Maria Correa e seu sobrinho, Janio Correa da Silva.
O grupo era sócio proprietário das empresas Pontual Comércio e Serviços de Terceirizações, Pantanal Gestão e Tecnologia, Saga Comércio e Serviço Tecnologia e Informatical Ltda e Coentro America Frotas Ltda.
Para surrupiar os cofres públicos, segundo o Naco, ajustes foram celebrados pelo esquema mediante suposta contratação indevida resultante da atuação ilícita do grupo criminoso.
Como Edézio de líder, o grupo fraudava licitações e obtinha vantagens indevidas mediante propina em pelo menos 100 prefeituras e câmaras municipais de Mato Grosso. Prejuízo é estimado em R$ 1,8 bilhão.
Esposa, irmã e sobrinhos do empresário Edézio Correa, réu colaborador na ação penal relativa à operação Sodoma, foram presos nesta quinta-feira (07), na operação Gomorra.
Outras fases
Por se tratar de uma investigação complexa, o Naco não descarta a realização de novas fases da operação Gomorra com foco nas mais de 100 prefeituras e câmaras que possuem contratos homologados com as empresas investigadas.(Olhar Direto)