O governador Mauro Mendes (União) afirmou que as forças de segurança do Estado já prenderam 17 pessoas por envolvimento em incêndios criminosos em Mato Grosso, mas criticou a facildade com que os criminosos deixam a cadeia.
Em entrevista à Rádio Bandeirantes, na manhã desta quinta-feira (12), o governador ainda criticou a legislação ambiental brasileira, que tem penas moderadas a esse tipo de crime. “Normalmente eles são soltos na audiência de custódia”, disse.
“A Polícia aqui já prendeu 17 pessoas suspeitas de colocar fogo de forma proposital e já estão sendo investigados outros casos. Nós estamos atuando fortemente com mais de 900 bombeiros [contra os incêndios]”, disse Mendes.
Para o combate aos incêndios, Mendes afirmou que já foram gastos apenas esse ano R$ 75 milhões e o montante deve aumentar.
“Já utilizamos R$ 360 milhões para combater os incêndios florestais e o desmatamento ilegal. Só esse ano são cerca de R$ 75 milhões. Esse planejamento começou em março. Tem gente que fica falando: ‘O Governo não está fazendo nada. Se tem A, B ou C não fazendo nada, não é o Governo de Mato Grosso’”, disse.
“No mês de março já tínhamos lançado o programa, treinamos gente, compramos todos os tipos de equipamento, temos aviões locados. E realmente tem muita ação criminosa, por falta de cuidado das pessoas, por irresponsabilidade ou negligência”, disse.
Legislação
Mendes ainda defendeu leis mais severas para crimes ambientais, como o perdimento de terras para quem desmatar mais que o limite permitido e tempo de prisão maior para criminosos que ateiam fogo.
“O Código Penal brasileiro é de 1940. Meu Deus, estamos em 2024! Houve uma mudança de século, mais de oito décadas se passaram, e estamos com Código Penal que não retrata o que a gente está vivendo no País. E esse Código Penal precisa ser atualizado, modernizado… E eu defendo, sim, leis mais inteligentes e mais duras. Porque leis inteligentes e duras são capazes de moldar uma sociedade melhor”, disse.
“A grande verdade é que bandidos e criminosos perderam o medo da Justiça […]. A violência aumenta em todos os campos, eu defendo que nessa área ambiental a gente tenha leis mais duras ao ponto de desestimular a pratica dos crimes ambientais e de crimes praticadas contra a vida humana e nossa sociedade”, completou.(Mídia News/Cíntia Borges)