O senador Jayme Campos (União) defendeu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) rompa relações com o ditador venezuelano Nicolás Maduro, por conta das suspeitas de fraudes na eleição do último domingo (28).
Maduro foi declarado eleito pelo Conselho Nacional Eleitoral, com 51,2% dos votos contra 44,2% do opositor Edmundo González. A transparência dos dados, no entanto, não foi apresentada pelo órgão, o que levantou suspeita sobre fraudes.
Apuração paralela mostrou 66% para a oposição e 31% a Maduro. Jayme classificou Maduro como “ditador” e seu comportamento têm causado prejuízos à população venezuelana.
“Acho que sim [romper com Maduro]. Impossível viver com governo que não respeita o povo. O mínimo que temos que fazer é o Congresso Nacional não aceitar o resultado que toda a sociedade venezuelana e o mundo está dizendo que foi fraudada”, disse a imprensa.
“É inadmissível, em pleno século 21, ter que conviver com pessoas que lamentavelmente tem prejudicado a população e o Brasil tem que dar uma resposta à altura do que merece esse ditador que é o Maduro na Venezuela”, completou.
Nota do PT: democracia
Uma nota pública divulgada pelo Partido dos Trabalhadores, sigla do presidente, gerou descontentamento entre os aliados. A nota trata as eleições como “democráticas” e reconhece a vitória do atual presidente do País.
O senador mato-grossense também problematizou o comunicado e afirmou ser necessário “apurar a verdade”.
“Isso é ruim, né? O presidente Lula e o Itamaraty não poderiam, jamais, [compactuar com o resultado da eleição] diante desse estado de coisa que está acontecendo lá. Sobretudo diante dessa insegurança dos resultados eleitorais o País, jamais poderia concordar”, disse.
“Evidentemente, deveríamos ter aqui a capacidade de se resignar e sobretudo apurar a verdade. Caso contrário, estaríamos compactuando com um governo que não representa a aspiração da sociedade venezuelana. O governo de lá arrebentou com país”, completou.(Mídia News/Cíntia Borges)