Autenticidade é libertação, vivendo de acordo com seus valores, suas crenças e sua verdade, sem a necessidade de aprovação constante, e isso exige coragem, afinal, ir contra padrões impostos e se mostrar vulnerável pode parecer um risco.
Neste sentido, pessoas autênticas inspiram, tanto que, elas não precisam provar nada para ninguém porque sua força vem de dentro, e, ironicamente, essa autenticidade que atrai respeito e admiração.
Se por um lado há um excesso de preocupação com parecer algo que não se é, por outro existe o perigo oposto: o não ser e não aparecer. Quando uma pessoa se desconecta de sua essência e também não se expressa para o mundo, ela pode se tornar invisível, tanto para si mesma quanto para os outros.
Não ser, significa abrir mão da própria identidade, deixando que o medo ou a apatia impeçam o crescimento e a autenticidade. Não aparecer, por sua vez, pode representar o isolamento e a falta de posicionamento, evitando qualquer exposição por receio da crítica ou da rejeição.
Viver sem se preocupar excessivamente com aparências é libertador, mas isso não significa anular-se ou se esconder.
Por este motivo, encontrar um equilíbrio entre ser e se expressar é essencial para uma vida significativa e conectada com os outros.
A vida se torna muito mais leve quando paramos de gastar energia tentando sustentar uma versão idealizada de nós mesmos. O que realmente nos preenche não é a validação externa, mas sim a paz de viver de acordo com nossa essência.
O grande desafio nos tempos atuais, onde tudo é aparência, é lutar pela essência acima de tudo.
Do exposto, escolher ser e permitir-se aparecer de forma autêntica é um caminho de grande preciosidade.
Rodrigo Furlanetti é advogado empresarial em Cuiabá.