Eraldo de Freitas
Da Redação
No último sábado (25), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que buscará o investimento de US$ 1 trilhão da Arábia Saudita na economia americana. A declaração foi feita durante um evento em Las Vegas, poucos dias após o reino árabe sinalizar interesse em aportar cerca de US$ 600 bilhões nos Estados Unidos ao longo dos próximos quatro anos. Esse movimento seria parte de uma estratégia ampla para estreitar laços comerciais entre as duas nações.
Será que o Estados Unidos realmente precisa de dinheiro de outro país?
Segundo Trump, o diálogo com o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman ocorreu recentemente e foi impulsionado pelo contexto eleitoral. Durante o discurso, o presidente reforçou sua expectativa: “Eu acredito que eles levarão até US$ 1 trilhão. Dinheiro não significa nada para eles. Sabe de onde eles tiram dinheiro? Do ‘ouro líquido’ [petróleo]. Eles têm bastante ‘ouro líquido’.”
O plano econômico de Trump não se limita aos investimentos sauditas. Ele também destacou que seu governo continuará a incentivar o uso do potencial petrolífero norte-americano, com o objetivo de atrair novas empresas e fortalecer o mercado. Essas iniciativas fazem parte de uma campanha de desregulamentação que, segundo ele, é “a maior da história dos EUA”.
Durante o evento em Las Vegas, Trump também abordou um ponto específico de sua plataforma: a eliminação de impostos sobre gorjetas. “Se você é um trabalhador que depende de gorjetas para sua renda, elas serão 100% suas”, afirmou o presidente, destacando a relevância dessa medida para a classe trabalhadora e pequenos negócios.
Nos próximos meses, Trump espera trabalhar em conjunto com o Congresso para aprovar reformas tributárias destinadas a aliviar os encargos financeiros de famílias e pequenas empresas. Com isso, ele pretende consolidar uma base econômica mais sólida e competitiva para o país.
De acordo com dados da Energy Information Administration (EIA), a Arábia Saudita produz cerca de 10,2 milhões de barris de petróleo por dia, sendo um dos principais exportadores globais. Já os EUA, que se tornaram o maior produtor de petróleo em 2018, continuam a expandir suas reservas e atrair investimentos estrangeiros, o que reflete a relevância estratégica dessa parceria.