Da Redação
(SBC Brasil)
Entre janeiro e dezembro de 2024, ações integradas das forças de segurança de Mato Grosso apreenderam 41,2 toneladas de drogas e confiscaram veículos e aeronaves usados por facções, totalizando um prejuízo de R$ 554 milhões ao crime organizado. Os resultados reforçam o impacto da repressão ao narcotráfico e o fortalecimento da política de segurança pública no estado.
As apreensões de drogas representaram o maior golpe financeiro: das 41,2 toneladas retiradas das ruas, 15,2 mil quilos eram de pasta base, 13,9 mil quilos de maconha e 7,1 mil de cocaína. Esses dados confirmam o protagonismo das operações estaduais no enfrentamento ao tráfico.
Além dos entorpecentes, foram confiscados 272 veículos — incluindo caminhonetes, carros de passeio e motocicletas — avaliados em R$ 80 milhões, e 10 aeronaves utilizadas para o transporte interestadual e internacional de grandes carregamentos de droga. As perdas logísticas geraram um impacto estimado em R$ 100 milhões para as facções.
Operações marcantes contribuíram para esse cenário, como a de novembro em Pontes e Lacerda, onde 958 quilos de cocaína foram interceptados, com prejuízo direto de R$ 25 milhões ao tráfico. Em setembro, na Terra Indígena Pequizal, em Comodoro, outras 600 quilos da mesma substância foram apreendidas, junto a uma aeronave e veículos de apoio.
O secretário de Segurança Pública, coronel César Roveri, atribui os avanços ao investimento contínuo do Governo do Estado desde 2019. Modernização de armamentos, ingresso de novos policiais e a ampliação do programa Vigia Mais MT com videomonitoramento permitiram maior cobertura e eficiência das operações.
Para o delegado-geral adjunto Rodrigo Bastos da Silva, os resultados representam não apenas um marco quantitativo, mas o enfraquecimento progressivo das estruturas do crime organizado, que atua de maneira transnacional e altamente adaptada à logística de fronteira.
De acordo com o Atlas da Violência 2025, Mato Grosso já figura entre os dois estados brasileiros com maior volume de apreensão de cocaína. A escalada de 26,2 toneladas em 2023 para 41,2 toneladas em 2024 — um salto de 57% — evidencia o êxito das operações e o impacto estratégico da política de repressão ao narcotráfico no estado.


