O setor público consolidado registrou déficit primário de R$ 66,6 bilhões em julho, informou o Banco Central nesta sexta-feira (29). O resultado representa piora em relação ao mesmo mês de 2024, quando o déficit havia sido de R$ 21,3 bilhões.
O desempenho negativo foi puxado principalmente pelo Governo Central, que somou déficit de R$ 56,4 bilhões. Já os governos regionais e as estatais apresentaram saldos negativos de R$ 8,1 bilhões e R$ 2,1 bilhões, respectivamente.
Nos últimos 12 meses encerrados em julho, as contas do setor público consolidado acumularam déficit primário de R$ 27,3 bilhões, o equivalente a 0,22% do PIB (Produto Interno Bruto).
No mesmo período até junho, havia superávit de R$ 17,9 bilhões.
Juros e resultado nominal
Os juros nominais apropriados somaram R$ 109 bilhões em julho, contra R$ 80,1 bilhões no mesmo mês do ano anterior. Segundo o BC, a alta foi influenciada pelo maior endividamento líquido e pela elevação da taxa Selic.
No acumulado em 12 meses, as despesas com juros alcançaram R$ 941,2 bilhões, ou 7,64% do PIB. Um ano antes, estavam em R$ 869,8 bilhões (7,63% do PIB).
Combinando o resultado primário e os juros, o déficit nominal chegou a R$ 175,6 bilhões em julho. Em 12 meses, o saldo negativo somou R$ 968,5 bilhões, o equivalente a 7,86% do PIB, ante 7,3% no período até junho.
Dívida em alta
A dívida líquida do setor público atingiu 63,7% do PIB em julho, totalizando R$ 7,9 trilhões. O aumento de 0,8 ponto percentual no mês refletiu, principalmente, os juros apropriados e o déficit primário, atenuados por fatores como a variação do PIB nominal e a desvalorização cambial de 2,7%.
Já a dívida bruta do governo geral avançou para 77,6% do PIB, equivalente a R$ 9,6 trilhões, também em julho. O indicador subiu 0,9 ponto percentual em relação a junho, influenciado sobretudo pelos juros, pelas emissões líquidas de dívida e pelo efeito da desvalorização cambial.
No acumulado do ano, a dívida bruta subiu 1,1 ponto percentual, em grande parte devido à incorporação dos juros, parcialmente compensada pelo crescimento do PIB nominal e pela valorização cambial.
Perguntas e respostas
Qual foi o déficit primário do setor público em julho?
O setor público consolidado registrou um déficit primário de R$ 66,6 bilhões em julho, conforme informado pelo Banco Central.
Como o déficit de julho se compara ao mesmo mês do ano anterior?
O déficit de julho de 2024 foi maior em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando o déficit foi de R$ 21,3 bilhões.
Qual foi a principal causa do desempenho negativo do setor público?
O desempenho negativo foi principalmente puxado pelo Governo Central, que teve um déficit de R$ 56,4 bilhões. Os governos regionais e as estatais apresentaram déficits de R$ 8,1 bilhões e R$ 2,1 bilhões, respectivamente.
Qual foi o déficit acumulado do setor público nos últimos 12 meses até julho?
Nos últimos 12 meses encerrados em julho, o setor público acumulou um déficit primário de R$ 27,3 bilhões, equivalente a 0,22% do PIB.
Como as despesas com juros se comportaram em julho?
As despesas com juros somaram R$ 109 bilhões em julho, um aumento em relação aos R$ 80,1 bilhões do mesmo mês do ano anterior, influenciadas pelo maior endividamento líquido e pela elevação da taxa Selic.
Qual foi o déficit nominal em julho e como ele se compara ao acumulado em 12 meses?
O déficit nominal chegou a R$ 175,6 bilhões em julho. Em 12 meses, o saldo negativo totalizou R$ 968,5 bilhões, equivalente a 7,86% do PIB.
Qual é a situação da dívida líquida do setor público em julho?
A dívida líquida do setor público atingiu 63,7% do PIB em julho, totalizando R$ 7,9 trilhões, com um aumento de 0,8 ponto percentual em relação ao mês anterior.
Como a dívida bruta do governo geral se comportou em julho?
A dívida bruta do governo geral subiu para 77,6% do PIB, equivalente a R$ 9,6 trilhões, com um aumento de 0,9 ponto percentual em relação a junho.
Quais fatores influenciaram o aumento da dívida bruta?
O aumento da dívida bruta foi influenciado pelos juros, pelas emissões líquidas de dívida e pela desvalorização cambial.
Como a dívida bruta se comportou no acumulado do ano?
No acumulado do ano, a dívida bruta subiu 1,1 ponto percentual, em grande parte devido à incorporação dos juros, parcialmente compensada pelo crescimento do PIB nominal e pela valorização cambial.(R7)