Melhorias na vacinação, permanência na escola e fortalecimento dos sistemas de proteção foram alguns dos fatores que fizeram 11 municípios de Mato Grosso receberem o Selo UNICEF, uma iniciativa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) que reconhece municípios que avançam na promoção e garantia dos direitos de crianças e adolescentes. A lista foi divulgada nesta quarta-feira (6). Confira abaixo:
Arenápolis
Barra do Garças
Cuiabá
Nova Xavantina
Paranaitá
Planalto da Serra
Primavera do Leste
Santa Rita do Trivelato
Sinop
Tangará da Serra
Tapurah
Segundo o UNICEF, a lista das cidades indica que elas avançaram mais do que a média nacional em diversas áreas, pois melhoraram políticas públicas voltadas a crianças e adolescentes, entre 2021 e 2024, em comparação à média nacional em indicadores de saúde, educação e proteção contra violência.
O representante do UNICEF no Brasil, Youssouf Abdel-Jelil, contou que todas essas cidades participam da iniciativa não são as que apresentam os melhores indicadores, mas sim que mais avançaram em diversas áreas.
“Não estamos falando das cidades com os melhores indicadores, mas das que mais melhoraram em relação à situação em que elas estavam em 2021. Comemoramos esse avanço de cidades em regiões vulneráveis que conseguiram tirar o atraso e melhorar mais”, explicou.
Em todo o país, 923 municípios foram certificados com o Selo UNICEF.
Os números
Mais crianças imunizadas
De 2020 a 2023, as taxas de vacinação da Tríplice Viral (D2) nos municípios certificados pelo Selo UNICEF aumentaram 17,7%, passando de 56,4% para 66,4%. No Brasil, o crescimento foi de 2,6%. A retomada das coberturas vacinais, após anos de queda, reflete esforços que foram além das unidades de saúde, alcançando escolas e centros de assistência social, segundo a instituição.
Menos abandono escolar
O índice de abandono escolar nos municípios com o Selo UNICEF caiu 47% entre 2019 e 2023, de 1,7% para 0,9%, enquanto a média nacional reduziu 38%.
Proteção das crianças
No combate à violência infantil, os municípios certificados intensificaram o uso do Sistema de Informação para Infância e Adolescência (Sipia), aumentando os registros de violência em mais de 60 vezes entre 2020 e 2023, de 1.775 para 109.947 casos. Nacionalmente, o aumento foi de cinco vezes. Vanessa Wirth, chefe interina de proteção à criança do UNICEF, destaca que tornar a violência visível é essencial para uma resposta eficaz de proteção.(G1)