O município de Nossa Senhora do Livramento, a 42 km de Cuiabá, decretou situação de emergência, devido à crise hídrica enfrentada pelo município. Com a decisão, o Governo de Mato Grosso também determinou a proibição do uso da água para atividades não essenciais, como lavagem de veículos e reposição de água em piscinas. O decreto foi publicado nesta segunda-feira (10) no Diário dos Municípios.
Conforme o documento, o decreto durará por 180 dias, já que a seca severa, que ocorre em Mato Grosso, ocasionou em uma grave crise hídrica.
O decreto apontou que a seca prolongada levou ao esgotamento das fontes de água que abastecem o município. Como resultado, várias famílias foram afetadas diretamente, e os setores agrícolas e agropecuários da região também estão enfrentando as consequências.
Entre as ações emergenciais decretadas, está a mobilização de todos os órgãos municipais sob a coordenação da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras para responder ao desastre e promover a reabilitação da área afetada.
O decreto também autoriza o município a dispensar licitações para a aquisição de bens e serviços necessários ao enfrentamento da emergência, dentro dos próximos 180 dias. Um Comitê de Gestão de Crises foi criado para coordenar as ações do governo local, composto por representantes de várias secretarias municipais, sendo presidido pelo prefeito Silmar de Souza Gonçalves (União Brasil).
Seca no Pantanal
No dia 6 deste mês, o governo de Mato Grosso decretou situação de emergência em Poconé, a 104 km de Cuiabá, devido à crise hídrica enfrentada pelo município. O decreto foi publicado no Diário Oficial do Estado.
Já na última quinta-feira (8), um incêndio que atingiu a área de reserva ambiental do Sesc Pantanal se alastrou em direção a uma aldeia vizinha, em Barão de Melgaço, a 121 km de Cuiabá. O município também decretou situação de emergência.
Pela segunda vez em três anos, o Brasil teve redução na superfície de água em 2023 em comparação à média histórica, segundo o MapBiomas. O Pantanal foi o bioma que mais secou ao longo da série histórica, com a superfície úmida ficando 61% abaixo da média em 2023.
Em 2023, a superfície de água anual foi de 382 mil hectares, 61% abaixo da série histórica. Houve redução na área alagada e também no tempo da permanência da água;
Apenas 2,6% do bioma estava coberto por água.(G1)