A Justiça Federal aceitou, nesta sexta-feira (30), a denúncia do Ministério Público Federal de Mato Grosso (MPF-MT) contra Rubens Carlos de Oliveira Jr. e Eroaldo Oliveira, ex-presidente e ex-CEO da Unimed Cuiabá e outras quatro pessoas, alvos de uma operação que investiga um rombo de R$ 400 milhões na cooperativa de saúde, em Mato Grosso e Minas Gerais.
De acordo com a Polícia Federal, que deflagrou a Operação Bilanz, os investigados são acusados de sete crimes de falsidade ideológica. Além disso, segundo a denúncia, o grupo estava envolvido com crimes de estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, durante a gestão de 2019-2023.
O MPF informou que a denúncia foi oferecida no dia 26 de agosto deste ano. Os acusados são ex-integrantes da alta administração da Unimed Cuiabá e são investigados por fraudes contábeis.
Como resultado da operação, os seis investigados foram presos temporariamente pela PF. Na ação também foram cumpridos mandados de busca e apreensão, afastamento de sigilos telemático, financeiro e fiscal, e sequestro de bens dos investigados.
Entenda o caso
Na manhã desta sexta, Rubens e Eroaldo, que foram presidente e CEO da Unimed Cuiabá, foram presos durante a Operação Bilanz, da PF. A operação apura um rombo de R$ 400 milhões na cooperativa de saúde, que atua em Mato Grosso e Minas Gerais.
A polícia também identificou indícios de práticas ilícitas relacionadas à gestão financeira e administrativa da entidade, incluindo a apresentação de documentos com graves irregularidades contábeis à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Acordo
Em abril deste ano, foi firmado um acordo entre o Ministério Público Federal em Mato Grosso e a Unimed Cuiabá, que forneceu elementos para as investigações.
O acordo surgiu após investigações sobre possíveis obstáculos à fiscalização ANS, incluindo a apresentação de informações econômico-financeiras com graves irregularidades. Segundo o MPF, a Unimed Cuiabá reconheceu a participação em práticas irregulares e se comprometeu com as seguintes medidas:
Pagar multa de R$ 412,2 mil ao Fundo de Direitos Difusos e Coletivos
Implementar um programa de compliance de padrão internacional
Cooperar plenamente com as autoridades, incluindo investigações internas
Nome da operação
O termo em inglês significa balanço patrimonial, fazendo alusão às fraudes contábeis e documentais que a gestão da Cooperativa realizou durante a gestão de 2019-2023.(G1)