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Desmatamento químico em MT repercute na imprensa internacional

Da Redação
2 minutos de leitura
Última atualização: 30/10/2024 09:48

“Mais sorrateiros que o fogo, os produtos químicos matam as árvores do Brasil” é o título da reportagem de capa na edição impressa do jornal norte-americano The New York Times desta terça-feira (29), que relata o uso de produtos químicos para desmatamento no país. Em entrevista à publicação, a promotora de Justiça do Ministério Público de Mato Grosso Ana Luiza Avila Peterlini de Souza revelou que o desmatamento químico é mais difícil de detectar, parece um incêndio e pode desmatar milhares de hectares em pouco tempo.

“Os criminosos estão sempre à frente de nós”, alertou Ana Luiza Peterlini à publicação. Segundo a promotora, os fazendeiros estão recorrendo a produtos químicos para evitar a detecção por meio dos sistemas de monitoramento via satélite, uma das defesas primárias contra o desmatamento. Esses sistemas apontam o desaparecimento abrupto da floresta, evidenciando corte raso ou queimada. Já os herbicidas fazem com que as árvores percam lentamente as folhas e sequem até morrer, tornando difícil diferenciar o processo de uma morte natural da árvore.

Conforme a reportagem, o desmatamento químico representa uma ameaça ainda maior se comparado aos meios tradicionais, uma vez que traz consequências mais danosas ao meio ambiente, como a contaminação do solo e de águas subterrâneas. Além disso, a pulverização aérea pode causar o envenenamento de pessoas.

A publicação cita o caso do pecuarista Claudecy Oliveira Lemes, denunciado pelo MPMT, que se tornou réu por cometer um dos maiores desmatamentos ilegais no Brasil, utilizando-se de produtos químicos. Ele é acusado de pulverizar agrotóxicos em 300 quilômetros quadrados de vegetação na região do Pantanal, a maior planície alagável do mundo. O MPMT busca indenização no valor de US$ 1 bilhão em compensação pelo dano ambiental.

A reportagem é assinada pelo chefe da sucursal brasileira do jornal, Jack Nicas, e pela repórter Flávia Milhorance.

Acesse aqui a reportagem completa na versão digital do The New York Times.

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