Por Eraldo de Freitas
Na noite desta quarta-feira (24/09), o deputado estadual Max Russi (PSB), presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, inaugurou a VI Conferência Estadual de Direitos da Pessoa Idosa em evento na CDL, onde defendeu a construção urgente de políticas públicas que atendam à população idosa. A conferência, com mais de 250 participantes vindos de 78 municípios, vai até sexta-feira e visa transformar propostas debatidas em ações concretas para este segmento.
“A expectativa de vida está aumentando — os idosos clamam por atenção, respeito, valorização”
Max iniciou seu discurso com um alerta: o envelhecimento demográfico impõe responsabilidades urgentes ao Legislativo e ao Executivo. “A expectativa de vida está aumentando — os idosos clamam por atenção, respeito, valorização”, declarou. Ele enfatizou que seu mandato prioriza pautas sociais e elogiou projetos como a “Vila do Aconchego”, em Jaciara, que oferece moradia gratuita com estrutura dedicada aos idosos, como academia e hidroginástica, aliados a acompanhamento profissional.
Durante o evento, Russi fez questão de destacar o engajamento de Isandir Rezende, presidente do CEDEDIPI-MT, como interlocutor e articulador de políticas para a terceira idade: “Seu trabalho é incansável, percorre órgãos, formula propostas e defende os direitos do idoso.” Rezende, por sua vez, afirmou que o primeiro dia da conferência superou expectativas e reforçou que o diálogo com a sociedade será norteador para fortalecer políticas públicas efetivas.
A programação da conferência inclui mesas temáticas, painéis de especialistas, oficinas práticas e sessões de proposição de políticas. Ao longo desses dias, gestores estaduais, técnicos, entidades da sociedade civil e representantes municipais deverão consolidar um plano estratégico estadual de ações para o idoso.
O público presente e a representatividade dos municípios confirmam que o tema mobiliza. Mas os números reforçam a urgência: projeções do IBGE indicam que, em 2048, Mato Grosso abrigará cerca de 833.251 pessoas com 60 anos ou mais, superando o contingente de crianças entre 0 e 14 anos (estimado em 624.595), ou seja, um descompasso de 25,04% a favor da população idosa.
Esse cenário impõe grande desafio aos gestores estaduais e municipais quanto à sustentabilidade dos sistemas de assistência, saúde, habitação e mobilidade.
