*Por Eraldo de Freitas
A popularização dos pagamentos digitais, impulsionada por ferramentas como PIX, cartões e carteiras eletrônicas, vem reduzindo cada vez mais o uso do dinheiro em papel. No entanto, especialistas apontam que as cédulas não devem desaparecer do dia para a noite. Além de ainda serem fundamentais para milhões de pessoas sem acesso a serviços bancários ou internet, o dinheiro físico continua servindo como alternativa em situações de falhas tecnológicas, apagões de energia ou regiões de difícil conectividade.
Nos últimos anos, o avanço dos meios digitais transformou os hábitos de consumo. No Brasil, o PIX se consolidou como o método de pagamento mais popular, registrando bilhões de transações mensais e superando até mesmo cartões de crédito e débito. A tendência é vista em diversos países, onde governos e bancos investem na digitalização para reduzir custos de impressão, transporte e segurança das cédulas, além de combater a informalidade e crimes financeiros.

Apesar da velocidade dessa transição, especialistas destacam que o fim completo do papel-moeda esbarra em desafios.
Apesar da velocidade dessa transição, especialistas destacam que o fim completo do papel-moeda esbarra em desafios. A inclusão digital ainda não alcança toda a população: idosos, comunidades rurais e pessoas de baixa renda dependem do dinheiro físico para realizar transações básicas. Além disso, a manutenção de cédulas garante uma reserva de valor independente da internet e protege o cidadão em casos de instabilidade do sistema financeiro.
O cenário futuro aponta para uma convivência entre o digital e o físico. Enquanto governos e bancos centrais estudam moedas digitais oficiais, como o Drex no Brasil, o papel-moeda deve continuar circulando como alternativa de segurança e garantia de inclusão. Para especialistas, a tendência não é de extinção imediata, mas de transformação no papel que o dinheiro físico exerce na sociedade.