Presidente do União Brasil em Mato Grosso, o governador Mauro Mendes reforçou que vai apoiar o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) na disputa pela sucessão do Palácio Paiaguás, mas afirmou que o senador Jayme Campos (União) pode tentar viabilizar sua candidatura.
Jayme e Pivetta estão no centro do impasse do grupo do governador a respeito do nome que será escolhido para concorrer ao Governo do Estado na eleição de 2026.
O vice-governador é o candidato de Mendes para a disputa e Jayme é apoiado por lideranças do União Brasil, que defendem uma candidatura própria do partido.
“Hoje meu apoio é ao Otaviano Pivetta, por toda a história que temos junto, porque acredito que ele tenha condição de continuar esse bom trabalho que o governo de Mato Grosso vem apresentando para sociedade”, disse Mendes.
“E o Jayme disse talvez, de uma possibilidade, de ele construir um projeto. E eu disse: ‘Olha, Jayme, pode construir, sem problema’. Falo por mim, Mauro Mendes, governador do Estado porque tenho direito a ter minhas opiniões e todo mundo tem o direito de ter suas opiniões. E hoje a minha opinião é essa e estou externando ela”.
Mendes já havia comunicado seu aval às lideranças do União Brasil na reunião que ocorreu na última semana.
O encontro – a portas fechadas – teve a presença do chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, dos irmãos Jayme e Júlio Campos, e dos deputados estaduais Eduardo Botelho e do deputado estadual Dilmar Dal’Bosco.
À imprensa, o governador defendeu que qualquer membro do partido tem o direito de se candidatar a qualquer cargo político em 2026.
“Obviamente ele [Jayme], Fábio Garcia e qualquer filiado ao União Brasil que quiser ser candidato ao governo do Estado eu vou dizer a mesma coisa: ‘Construa o seu projeto’. Agora, ele é senador, tem uma história e pode construir”, disse.
Racha no grupo
O governador foi questionado se acreditava que haveria espaço no grupo para duas candidaturas ao Governo do Estado, caso nem Jayme e nem Pivetta recuem de seus projetos políticos.
No entanto, Mendes preferiu não responder a pergunta e reiterou que essas discussões e as decisões serão feitas “mais para frente”.
“Candidatura há espaço que vai ser definido lá na frente. Nós estamos muito longe do processo eleitoral. Hoje há espaço para qualquer um fazer o que quiser, falar o que quiser. Existirá o tempo das definições e das decisões. E esse tempo não chegou”.
