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Dormir bem: qual é a importância de uma boa noite de sono para o organismo?

Da Redação
4 minutos de leitura
Foto: iStock/Yuliia Kaveshnikova
Última atualização: 03/07/2025 09:35

Por Lígia Santiago
E-mail: ligia.santiago@conversion.com.br

Parece simples fechar os olhos e cair no mundo dos sonhos, mas a verdade é que dormir bem virou artigo de luxo para muitas pessoas. Enquanto você luta contra a insônia ou acorda mais cansado do que deitou, seu corpo trava uma batalha silenciosa.

E os números não mentem: um estudo da Sleep Epidemiology, de 2022, alerta que 65% dos brasileiros vivem noites mal dormidas. Caso você seja uma dessas pessoas, é primordial investigar a causa e tentar reverter essa situação.

O que acontece quando a luz se apaga?

Enquanto você “desliga”, seu organismo vira um verdadeiro canteiro de obras. É na escuridão que hormônios do crescimento entram em ação, tecidos se regeneram e o cérebro faz aquela faxina geral, separando o que é lixo do que se tornará memória. Imagine um computador fazendo backup e atualizações críticas – só que a versão humana é mais sofisticada.

Ficar menos de 6 horas nesse modo, como alerta um estudo da UNIFESP, é como deixar seu sistema imunológico de mãos atadas, pois as células NK, que combatem infecções, despencam, abrindo portas para invasores. As pessoas com privação de sono têm 3 vezes mais risco de contrair infecções – um efeito comparável ao de imunossupressores.

Por que dormir bem é essencial para a nossa saúde?

Dormir bem vai muito além de acordar descansado. É um pilar da vida saudável, tão vital quanto alimentação e exercícios. Durante o sono, alguns processos importantes acontecem.

1. Regeneração celular

Hormônios do crescimento são liberados, reparando músculos e tecidos. Além disso, os radicais livres causadores de envelhecimento são neutralizados, e o cérebro ativa o sistema glinfático, uma “lavagem cerebral” que remove toxinas ligadas ao Alzheimer.

2. Corpo promove equilíbrio metabólico

Enquanto você dorme, a leptina, hormônio responsável pela saciedade, se estabiliza, reduzindo a compulsão alimentar. A sensibilidade à insulina melhora, prevenindo diabetes, e o cortisol, hormônio do estresse, diminui, protegendo o coração.

As consequências de uma noite de sono mal dormida

Acumular noites em claro desenvolve uma sonolência diária, memória relapsa e humor à beira de um ataque de nervos. Mas a raiz do problema é mais profunda: idosos entre 50 e 70 anos que dormem 6 horas ou menos, segundo a Nature Communications, têm 30% mais chances de enfrentar demência.

E não para por aí, pois isso é uma reação em cadeia: a privação crônica mexe com o açúcar no sangue, virando um gatilho para a compulsão alimentar e a obesidade, podendo até evoluir para uma depressão futuramente. Não à toa, a OMS estima que 40% dos brasileiros sofrem de insônia e travam uma guerra particular contra ela.

Como melhorar a sua rotina de sono

A receita não é um bicho de sete cabeças, mas exige disciplina e alguns passos.

• Transforme seu quarto em um lugar de paz, com total escuridão, silêncio e conforto.
• Crie um ritual pós-jantar. Desacelere por 2 horas com música suave, livro ou alongamento.
• Evite as famosas telas azuis.
• Tenha um horário fixo para dormir, pois seu corpo adora previsibilidade.
• Evite tomar muito café, especialmente depois das 14h.

Se mesmo assim o seu sono não melhorar, busque um médico. Distúrbios persistentes podem esconder desde apneia até desequilíbrios hormonais.

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