O prefeito de Cuiabá Abilio Brunini (PL) descartou, nesta segunda-feira (6), a possibilidade de aumentar o Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) e a tarifa do ônibus na Capital.
A informação foi revelada em coletiva à imprensa no Palácio Alencastro, ocasião em que o prefeito deu detalhes do decreto que declara calamidade financeira em Cuiabá.
Conforme Abilio, apesar do rombo de R$ 1,6 bilhão deixado pelo seu antecessor Emanuel Pinheiro (MDB), ele não irá penalizar a população com aumento de impostos.
“Não vamos aumentar impostos e nem penalizar o cidadão, vamos cortar na carne. É isso que nós vamos fazer. O cidadão já foi muito penalizado nesses últimos oito anos que se passaram”, disse.
O prefeito afirmou que um eventual reajuste do IPTU, por exemplo, poderia resultar também o aumento da inadimplência.
“Não terá aumento do IPTU. A gente está precisando melhorar a receita sim, mas não podemos tentar melhorar a receita aumentando a inadimplência”, afirmou.
“Precisamos oferecer mecanismos para que a pessoa possa sair da inadimplência e melhorar a base da receita. Vamos conversar com o secretário de [Fazenda e Gestão] Marcelo Bussiki para avaliar propostas de renegociação de dívidas passadas, para poder beneficiar o bom pagador também e não ficar criando ferramentas que prestigie o mau pagador”, acrescentou.
Já sobre a tarifa de ônibus, Abilio ainda adiantou que será feito um processo de atualização na recontagem do custo do transporte público.
“Não terá aumento de tarifa do transporte. Eu fiz as contas e não precisa. A tarifa no transporte de Cuiabá está sendo contada da seguinte forma: o custo do serviço do transporte público dividido pelo número de passageiros pagantes na catraca. Nós vamos reformular essa contagem. Será o custo do transporte dividido pelos bilhetes vendidos”, afirmou o prefeito.
Segundo ele, em breve será realizada uma reunião com as empresas para tratar do assunto.
Abilio afirmou ainda que o Município fará fiscalizações para coibir a rodagem de ônibus com mais de 11 anos de fabricação.
“Ônibus com 11 anos, 12 anos não podem circular. As empresas sabem disso, está no contrato. Se tiver irregular e a fiscalização detectar, o motorista irá concluir a viagem para não prejudicar os passageiros. Depois o veículo será encaminhado à garagem, a empresa recebe uma multa e o ônibus fica impedido de ser usado”, explicou o prefeito.(Mídia News/Thaiza Assunção e Enzo Tres)