O governador Mauro Mendes (União Brasil) avaliou que o Brasil não tem problemas na sua arrecadação de imposto, no entanto, vê um grande problema quanto ao gasto público. O chefe do Executivo estadual afirma que há um gasto maior do que o que é arrecadado, o que na prática resulta no aumento da dívida do país, e vê o peso recaindo sobre os brasileiros por meio da elevação da inflação e alta do juros.
“O governo brasileiro deve muito. O governo brasileiro está gastando mal há muitos anos, e não estou a criticar esse ou aquele governo. É o modelo de país que tem levado a isso. Nossa dívida do Governo Federal é gigantesca, e isso faz com que haja mais inflação e juros alto [e isso afeta o cidadão]”, iniciou.
Mauro argumentou que o Governo Federal deveria se mobilizar para reduzir o gasto público para reequilibrar as contas, mantendo uma harmonia, dentro do possível. Como exemplo, citou que logo ao assumir o Governo de Mato Grosso, em 2019, tomou medidas rigorosas e, hoje, muitos setores reconhecem o trabalho.
“Por isso é necessário ter um Governo responsável. Se você tem governo irresponsáveis, quem paga o preço no final do dia é a população. Espero que esse Governo, ou qualquer um que lá esteja, compreenda o básico. Tem que praticar. Cortar despesa não é fácil”, emendou.
Para o chefe do Executivo mato-grossense, administrar um país, um estado ou uma cidade, é como administrar a própria casa: “Se você ganha um salário e começa a gastar mal, estoura o cartão de crédito, o cheque especial, começa a ficar devendo e pedir dinheiro para parentes. Só que chega um ponto que, se não cortar esses gastos, o que vai acontecer? Ninguém te empresta mais dinheiro”.
Atualmente, o presidente da República, Lula (PT), por meio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), tem se articulado no Congresso para a aprovação do “pacote de corte de gastos”. Para a equipe econômica, a revisão de despesas da União pode gerar uma economia de R$ 327 bilhões de 2025 a 2030. Em curto prazo, a estimativa indica a garantia de economizar R$ 70 bilhões nos próximos dois anos.(RDNews/Gabriel Rodrigues e Jacques Gosch)