O governador Mauro Mendes (União) voltou a subir o tom contra o projeto que propõe a instalação de câmeras em fardas e viaturas policiais em Mato Grosso. Para o gestor, o implemento do dispositivo não vai inibir ações criminosas no Estado e voltou a afirmar que só vai autorizar a medida se “for preso”.
Mendes também cobrou do Congresso Nacional para que seja discutido propostas que visam endurecer as leis penais do país. O gestor tem reiteradamente puxado a orelha do Legislativo afirmando que as normas brasileiras são brandas.
“O Brasil está dominado pela criminalidade e a grande resposta do Congresso é discutir se coloca ou não câmeras nas fardas. Aqui em Mato Grosso, só o dia que decretarem a minha prisão é que vou autorizar a fazer isso”, escreveu em uma publicação no seu Instagram.
O deputado Wilson Santos (PSD) é autor do projeto de lei que dispõe sobre a obrigatoriedade de instalação de câmeras de vigilância nas viaturas, aeronaves, embarcações, fardas e/ou capacetes dos policiais de Mato Grosso. O projeto tramita na casa de leis.
A proposta já foi implementada em alguns estados do Brasil e também é utilizado como argumento para convencer o chefe do Executivo mato-grossense. Mendes por sua vez se mostrou irredutível na publicação.
“Meus amigos, não é colocar câmeras nas fardas dos policiais que vai evitar que os bandidos roubem, matem, trafiquem e cometam tantos e tantos crimes. Estão querendo transformar os policiais nos vilões da história e isso é inadmissível”, opinou.
O projeto está travado na Assembleia Legislativa (ALMT) e deverá ser rediscutido apenas em 2025. O deputado Elizeu Nascimento (PL) é um dos contrários à ideia e inclusive já foi a São Paulo falar com o secretário de Segurança Pública paulista, Guilherme Derrite, também crítico do pl.(Olhar Direto/Luis Vinicius)